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Tecnologia / Invenções

Objetos tecnológicos que surgiram no passado

Há muitos anos atrás, as pessoas costumavam utilizar algumas invenções superavançadas — e que são conhecidas até hoje. Confira algumas!

Letícia Yazbek Publicado em 16/04/2021, às 13h00 - Atualizado às 15h47

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Imagem ilustrativa de uma bússola antiga - Pixabay
Imagem ilustrativa de uma bússola antiga - Pixabay

Reator natural

Um reator nuclear é um dispositivo usado para produzir eletricidade por meio da energia liberada em uma reação de fissão nuclear, quando um átomo se quebra em dois átomos menores. O primeiro reator nuclear a produzir eletricidade foi construído no século 20.

Mas, em 1972, foi descoberto um antigo reator natural de dois bilhões de anos de idade! Ele fica em Oklahoma (Gabão), na África e abriga uma grande quantidade de urânio natural. Os cientistas não sabem ao certo como o reator funciona, mas acreditam que ele passava por uma reação em cadeia que durou milhares de anos.

A primeira bateria

Em 1938, o alemão Wilhelm Konig descobriu antigas baterias em um vilarejo próximo a Bagdá (Iraque). As baterias eram formadas por um vaso de argila de 13 centímetros de altura. Dentro dele, havia um cilindro de cobre e uma barra de ferro. Os vasos tinham sinais de corrosão e de ácidos como vinagre ou vinho.

Muitos arqueólogos acreditam que o objeto funcionava como uma pilha, mas não têm certeza de como ele era utilizado. Alguns cientistas dizem que as bateria eram usados para produzir moedas, joias e outros itens, ou para tratar a dor por meio de pequenos choques.

Bússola mágica

A bússola Viking, conhecida como disco Uunartoq, era um instrumento de navegação muito sofisticado. Antigamente, navegar pelos mares era muito complicado e os cientistas não entendiam como os Vikings conseguiam viajar em linha reta, sem se perder. Até que, em 1948, foi encontrado o disco Uunartoq, uma bússola muito sofisticada.

Ele funcionava como um relógio de sol, com vários graus de sombra para localizar os pontos cardeais. O disco tinha um tipo de cristal que fazia o aparelho funcionar mesmo quando a luz do dia era fraca. Os pesquisadores observaram que ele funcionava com menos de 4 graus de erro, o que equivale a uma bússola moderna.

Movido por cordas

O matemático e mecânico grego Heron de Alexandria foi responsável por um dos primeiros robôs programáveis do mundo. Ele construiu, no século I, um carro de madeira de três rodas movido por cordas. O aparelho usava um sistema cronometrado de roldanas e pesos de grãos de trigo. Aí, ele conseguia andar e até fazer curvas.

O robô foi construído com poucos materiais, mas os cientistas dizem que ele opera da mesma forma que os robôs modernos - as cordas têm a mesma função que as sequências de códigos utilizadas atualmente.

Ela abre sozinha!

Heron de Alexandria também foi responsável pela criação da porta automática. Os pesquisadores não sabem se a porta foi realmente construída na época, mas foi a primeira vez que a ideia foi registrada. Heron de Alexandria desenvolveu um mecanismo sofisticado. Um sacerdote acenderia o fogo no altar do templo.

Aí, o ar se aqueceria e aumentaria de volume. O ar pesado faria com que um recipiente cheio de água derramasse o líquido em um balde. À medida que o balde enchesse, um sistema de engrenagens ajudaria a levantar a porta do templo.

No fundo do poço

O sal era um produto muito importante na China do século 3. Com as grandes distâncias entre as cidades e a costa, a melhor opção era cavar o solo em busca de sal. Para isso, os chineses desenvolveram uma grande broca, feita de bambu com ferro na ponta. Ela era usada para cavar poços profundos, de até 140 metros de profundidade. Os furos no solo também liberavam gás metano. Aí, os chineses passaram a transportar sal e gás por meio de uma série de dutos de bambu a grandes distâncias.

Detector de terremotos

Há mais de 1.500 anos antes da invenção do sismógrafo moderno, o cientista chinês Chang Heng desenvolveu um instrumento que registrava a ocorrência de um terremoto e indicava onde ele teria surgido. Criado no século 2, o sismógrafo chinês era formado por uma jarra feita de bronze, com cerca de dois metros de diâmetro.

Dentro da jarra havia um pêndulo sensível às ondas de um terremoto. Havia também oito cabeças de dragão esculpidas no objeto e, abaixo delas, oito sapos com as bocas abertas. Quando acontecia um tremor, a boca do dragão que estivesse na direção do terremoto se abria e fazia o pêndulo cair na boca do sapo. Assim, a direção da ocorrência era registrada.

Consultoria: Célias Tavares (professora do Departamento de Ciências Humanas da UERJ).